sábado, 21 de abril de 2012

O professor (?)


Quando me falastes do teu desconhecimento
Fui animado por um espirito de professor.
E todo conteúdo apreendido foi ensinado,
Tudo com muito cuidado. Um orientador.

Então os espelhos se fizeram necessários
E cada raio refletido mostrava motivação.
Muita atenção em todos os comentários!
O que os olhos perceberem... Distração.

"Passa a borracha na língua pra ver se apaga".
E ai vamos vendo o papel ser dilacerado.
Porque a água que invade esfarela.
Um pequeno dano, mas necessário.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

A felicidade não espera reconhecimento


Tudo o que eu digo calado fazem pessoas se salvarem.
Fazem o atrito escorregar. Traz ao mundo menos destruição.
Essa boca fechada, para alguns, diz mais que pastagem,
Faz uma miragem se tornar salvação.

Porque há tempo pra tudo debaixo do céu
E esse é o tempo de contentar-se com o que foi dito.
De avaliar o que vale a pena fora do "papel",
Por que para outros, palavras não são só palavras, nem mitos.

A felicidade não espera reconhecimento. Não sou aprendiz!
Pois não tenho tempo pra medir o quanto quero ser feliz!
E se me perguntarem "se estou arrependido?"
Direi que sim, mas só por ter desistido.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

É isso.


Dos abraços derramados, que um dia demos
Eu me tremo da saudade daqueles momentos.
E me atormento envolto a extremos
Que as vezes acalma esse descontentamento.

Lembro da nossa língua apimentada
Que insistentemente se davam em nós,
Atados pelo calor que a boca entregava.
Sentados, desnudos, com os amigos lençóis.

Tua boca, que se enchia de "companhia"
Era a minha alegria a cada inserção.
Pulsação molhada e enrijecida
Desaparecia como estouro de balão.

A mão que deslisava pelo peito
Era o meu deleito vendo teu mamilo clamar
Chamar pra alento
Que a sucção provoca ao te apertar.

Lembro "da tocha" ardente
Que entrava à "porta",
Que encontrava "exposta"
A vontade outrora pendente.

Escorriam prazeres escabrosos,
Friccionados repetidamente
Todos bem objetivados
A cumprir o que foi dito antecipadamente.

Teus suspiros são todos inspiradores
Negociadores das vontades absurdas
Estupidas são nossas dores
Temores que vencemos as escuras.








domingo, 8 de abril de 2012

O que procuro!


Estou a procura de perigos,
De dúvidas tortuosas,
De conflitos desnecessários.

Desbravo complicações,
Nado por problemas,
E passeio pelos medos.

Eu quero mais riscos,
Enxugar mais lagrimas,
Entender mais decepções.

Busco novidades,
Motivos para perplexidade,
Vontade de admiração!

Feridas com histórias,
Marcas reveladoras,
E cicatrizes enigmáticas.

Eu procuro o amor!





quinta-feira, 5 de abril de 2012

As rimas de outrora...


Porque roubastes o que não te pertencia?
E porque reivindicastes minha alegria?
Como se já não bastasse tirar meu sono
Vens assim de assalto querer ser o meu dono.
Esta liberdade, agora perdida,
Era o que de mais belo eu tinha na vida.
As rimas de outrora, substanciadas,
Agora estão cinzas e não servem pra nada.
Meus dias coloridos se acabaram
E parece não haver nada que os tragam.
Isso tem me incomodado tanto
Que até as linhas que escrevo são de pranto.
Coisas que só um balde faria
Unido-se a água para acordar-me hoje em dia.