quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Desejo sonâmbulo


No meu sono o teu cheiro me despertou. Uma secura começa a atacar as minhas pernas e incontrolavelmente os meus dedos escorregam pelo teu braço e o sono ficou apenas nos olhos. Minha boca, ardendo, procura a tua com desespero e minha língua, quando te encontra, parece derreter. A tua boca suga o sonho que eu quase tive e transforma as minhas pernas em centro de prazer. Compulsivamente eu te faço minha refém e tomo como alguém desesperado de sede. Uma saudade palpitante aflora o nervo e tua alegria me causa combustão. Quando o teu ar faltava eu me orgulhava de tira-lo de ti.  
Ontem a noite descarreguei verdade, mas já sinto falta do teu amor imoral. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Felicidade comedida.


Não me esforço para demonstrar meu bem estar. Que seja ele apenas meu, já que o mundo ganhou um combustível terrível para sobreviver. São desejos mesquinhos, vontades inalcançáveis de tudo que não for de si. Que essa força motriz se afaste de mim e de tudo que amo.
Sou feliz comedidamente, discretamente, para afugentar esses miseráveis famintos. Por isso meu riso é quieto, meu grito apenas gesticulável, meu amor é no quarto e na rua sou só mais um.
Que meu amor seja exemplo, desejo a alcançar e nunca pura e simples inveja desmedida e descarada.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O sentimento amor.


O amor é reencarnável!
Move-se como o vento.
Coisa inapalpável!
Certeza que causa alento.

O amor é reciclável!
Transformado em novidade.
Não à nada dispensável
Desprendido com a idade.

O amor é imutável.
Certo como uma pedra.
Atacado com réu
Mas desejado desde as eras.