segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Já aconteceu com você!


Ele foi avisado da chegada dela,
Ela o vê de longe.
Ele a olha sem que a mesma note,
Ela faz isso também.
Trocam palavras irrelevantes.
Ele a olha dos pés a cabeça,
Ela não deixa isso por menos.
Ele solta uma pequena piada,
Ela sorri educadamente.
Ele não sabe o que fazer,
Ela tenta puxar um papo.
Ele se aproxima,
Ela encosta a cabeça nele.
Ele lhe dá um beijo na bochecha,
Ela o beija na boca logo.
Ele põe a mão na nuca dela,
Ela responde com a língua ardendo.
Ele senta do lado dela,
Ela lhe abraça carinhosamente.
Ele lhe faz uma proposta,
Ela consente com um sorriso.
Então eles saem juntos...

Agora mude o gênero e vai ver que isso já aconteceu com você!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O diferencial está na amiga dela. (A paixão)


A paixão, quando amiga do emoção, é só alegria.
É a luz que o olho emana pra dar brilho ao esperado.
É o se comover com um pequeno gesto escondido.
É a entrega que o arrepio mostra verdade.

A paixão, quando amiga da razão, é só tranquilidade.
É o perceber o que se foi sem ter se perdido.
É o aprendido que já se tinha estudado
É o resultado do que a mente já sentia.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que a tua falta me faz.


Quando não a tenho, fico triste.
E não é pelo fato de não tê-la de verdade.
É que ela some me invadindo a carne
Voltando sempre com algo que já existe.
Sou dependente da presença dela
É a minha espera sempre que me sento
Porque ela vem e explora o pensamento
Que eu compartilho sempre a luz de vela.
Quando ela some fico como cego.
Que foi colocado em lugar desconhecido
Bato nas coisas, tropeço e peço
Espero então ser apenas devolvido.

Tu não me abandonastes!


Tu não me abandonastes!
E ao meu clamor ouvistes.
Fizestes da pressa um estalo
E na tua eficácia me calo.

Correstes e não parastes.
Tu atropelastes paredes fortificadas
Cansastes, mas não desistisses.
E ultrapassastes a pulos, enseadas.

Quando deparei-me sem ti
Os mundos se levantaram
Tormenta, me afligiste!
Os infernos desembarcaram.

Ouviu-se raios e não temestes.
Nos terremotos te equilibrastes,
Nas trevas tristes não sucumbistes,
Mas veio a luz e me salvastes.




quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aos laços...


De tudo que mais mexe comigo,
Nada se compara ao simbólico.
Nele fico sem roupas, sem medo, sem abreviatura.
Somos únicos por essa maravilha que é marcar o outro.
Inigualáveis como uma divertida e breve aventura.
Eu, com as minhas mãos abertas, fico e saio.
Paro e continuo nessa brincadeira de deixar rastro.
Nessa ambição de deixar sentido até no que caiu.
Como se tudo fosse para um altar casto...
Onde o beijo informa
E o abraço conforta.
Lugar de sintonia, de arrepio, de sondagem.
Para que cada instante seja de aprendizagem
De conquista, de aplausos...
E eu, fico só aqui, aos laços.

sábado, 12 de novembro de 2011

VONTADE.



Eu sou essa vontade de explodir que toda bomba tem que prender dentro dela.
Eu sou aquele desejo de mostrar o que minha decência me obriga a esconder.
Eu sou o prisioneiro reabilitado e arrependido que encurtou sua pena pela metade.
Eu sou o louco que tenta provar pra todo mundo que não precisa mais de remédio.
Eu sou aquele artilheiro que estava de molho, esperando o momento certo pra fazer o gol.
HOJE EU SOU A VONTADE!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Chafariz


A memória é uma aliada em noites de solidão.
Vai gerando terremotos. Batedeira sem botão.
Faz a gente rir e se animar em poucos segundos.
E a língua lambe os lábios. Come o mundo.
E como vaga-lume na escuridão
Penso e remexo cada transmissão
Pois aquela luz piscando é um alerta
De que nossa lembrança está aberta.
A mão repassa os teus caminhos
E pega de mim o que é teu.
Escorre nos dedos os teus pergaminhos
A força voraz do que não morreu.
E nessa de puxar ideias
Fico a imaginar o que não fiz.
Transformo isso em nossas arestas
Fazendo do teu amparo meu chafariz.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Bom mesmo é quando as pernas tremem.


Quando ele me abraça
Quando me olha
Quando sente o meu cheiro
Quando me aperta o peito...

Quando ele me toca
Quando a boca encosta
Quando a mão aquece
Quando ele se atreve...

Quando ele me aperta
Quando me falta o ar
Quando vem a força
Quando ele me puxa...

Quando ele me vira
Quando sinto a vida
Quando fala algo
Quando ele me tem...

E com isso tudo, o bom mesmo é quando as pernas tremem...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ali ou aqui.


Do brilho escuro dos teus cabelos sai sorriso.
E a prova disso é o teu semblante.
Que mostra verdade na matemática de um quadrante
Por onde a rosa do teu pé passa no piso.

Tua impulsividade é o que tens de mais lindo.
No som da tua voz sentimos teu poder!
E quando cantas até para de chover
Na tua dança eu só calo e assisto.

A céu aberto, foi o dia mais bonito
Que cada passo se tornava admiração.
Ser teu amigo é como  texto apreendido
E a alma aprende e guarda essa lição.