E ai?

Sentir! Sentir!
Como se pensar fosse algo inútil.
Como se avaliar fosse tempo perdido...

Sentir! Sentir!
Como se não houvesse amanhã.
Como se planejar fosse erro...

E luto com a minha razão
Pra mostrar quem é que vence!
Bate forte o meu coração
Mas não vai vencer novamente...

Pensar! Pensar!
Como se perceber fosse um fóssil.
Como se o saber fosse incompreendido...

Pensar! Pensar!
Como se atração fosse um imã.
Como se gozar fosse um beco...

E ai?

Nosso amor.

Permeia-se sobre a pele o cheiro.
O cheiro na qual compartilhamos.
Compartilhamos nossas vidas.
Vidas tão distintas, mas que se unem.

Unidos para demonstrar tolerância.
Tolerâncias a nossas próprias diferenças.
Diferenças que nos promove respeito.
Respeito que leve-nos a admiração.

Sim! Admiração ao que te constitui.
Constituída de tanta beleza.
Beleza que se espalha até pela invisibilidade.
Invisibilidade sim! Coisa escondida.

Esconder mais o quê? Sentidos.
Os sentidos já nos faz réu!
Réu de um sentimento explícito.
Explicitados em nossos movimentos.

Se essa tua carne - Rua

Se essa tua carne - Rua
Passasse nos meus dedos - Lisos
Que arranha arrepiando - Mundo
De tudo que percebo - Pele

Tua boca evaporada - Chove
Molhando até o pano branco - Vistoso
Teu corpo um simples pedinte - Peço
O ar que me absorve - Quente

Deixa o fim chegar!

Deixa o fim chegar!Deixa!

Vai que ele trás alguma boa notícia.

Que a gente vive só uma vez!

Que resposta só vem com os porquês!

Que a vida é um "desatar de nó"!

Que a gente volta para o pó!

Que viver sem amar não é da natureza da gente!

Que todo mundo é vítima, mas ninguém é inocente!

Que a queda ensina a levantar!

Que fé no amanhã é acatar 

A vida nos dando esperança!

Deixa o fim chegar! Deixa!

Vai que ele trás alguma boa notícia.