Repita o beijo que nunca me destes
E revele tua alma o que escondias!
Que encantos são esses que tu guardaste,
Que ao tocar minha boca viraram magias?
Tua mão plumada traz riso ao meu rosto.
Passeias por ondas de mares tortuosos.
Que agora em tuas pernas se tornam deposto
E em obediência se tornam cautelosos.
Tua boca me faz entrar em tormenta
E tua língua, ardida, me faz feliz!
O som da tua voz prendendo o que não aguenta
Fazendo expressão que sai pelo nariz.
Eu sou teu amigo das horas mais ternas
Pois das prazerosas sou o teu algoz.
Um animal prendido, agressivo e feroz,
Que se torna menino ao entrar em tuas eras.