quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Neoliberal.


Engole-me como fazes a tudo que tocas.
E expulsa de mim tudo aquilo que te enojas.
Me prive dos desejos mais simples
E me acorrente as suas teses infames.

Faça do "teu mundo" o que quiseres.
E atormentes com rigor os que te desprezam.
Ensina-lhes a lição que os pais não deram.
Exclua os "teus vassalos" como a chicletes.

Que os "teus domínios" sejam só para o teu deleite,
E que o teu sustento venha ser indivisível.
Que seja escura a tua trama "invisível",
Pra que o povo não conheça tua coroa de enfeite.

Que os "seres reles" se tropecem uns nos outros.
Que a vida deles valham menos que o respeito.
Pra administrares o povo com o teu despeito
E que a necessidade seja trocada por alguns votos.

Que o dinheiro percorra nas tuas veias.
Que esse desejo te atormente como um vício
Por que nesse mundo tudo isso é propício...
Fazer o outro ser pior por não ter "meias".

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O louco?


E se a vida fosse tão fácil quanto um piscar de olhos?
Você desistiria de tudo com mais liberdade.
A liberdade de assumir que não tem nada de perfeito?

E se tudo dependesse de você? Deixaria o tempo passar?
Levaria na barriga, como um peso morto em seus braços?
Porque eu penso nisso o tempo todo...

Como ter horário pra tudo. Como organizar meu tempo...
Logo me pergunto pra quê? Por quê?
E naturalmente percebo que tenho sérios problemas.

Eu queria abrir mão de tudo hoje
Dizer o que quero com o maior egoismo possível.
Por que no fim é você que está aprisionado em seu silêncio.

Mas tem coisa pior do que dizer aos outros o que eles já deveriam saber?
Não!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.


Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

Parece uma prisão sem guardas pra guardar.
Essa decepção é que me faz chorar.
Pois um ser dominado vive a pisar em ovos
Por isso a gente vê tantos divórcios.

Parece a jaula do leão com o doma-a-dor.
Com seu chicote a mão, causando-me terror.
Um "oficial da justiça" com uma intimação.
Dizendo-se o dono e que não abre mão.

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

Parece um espião buscando um terrorista.
Ou um policial fazendo uma revista.
Acha perturbação em um simples torpedo.
Seu questionário a mão, olhando com desprezo.

Parece um ditador com apenas um escravo
Ou um cão pastor que late e enche o saco.
Eu não quero mais isso pra minha vida.
Vou correr atrás do que me der na vista.

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vivo...


Pra cada momento da vida, uma solução. 
Um conjunto de questionamentos que se elaboram a cada segundo de vida. Como se fosse impossível fugir de tais situações e que cada sol não trará sua gota de tinta pra somar  a essas letras duvidosas. 
Em meu silêncio, pondero o que não devo. O que só a vida deveria me responder. 
Me encho em medos que só eu posso exorcizar. 
E tentando me acalmar, vivo. Como se não houvesse remediação.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Demérito (nunca vou entender)


Nunca vou entender o descrédito.
O desejo de arrancar de alguém a esperança.
Piolhos com desejo de ficar na "cabeça".
É difícil de compreender o demérito.

Como se já não bastasse o dia-a-dia
Pra dizer pra gente que nada é fácil.
Soprando nos ouvidos de forma tardia
Que olhar pra trás é coisa de sábio.

Eu quero, perto de mim, gente com fé!
Esses "pobres coitados" cheios de graça.
Que transformam mediocridade em raça
De crescer usando a força que der!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que seria de nós?


Sem a indecência o que seria de nós?
Com "pouca vergonha" se chega longe.
Minha cara lavada é feroz!
Porque essa timidez fez de mim um monge.

Que se calem os invejosos desse amor
Que insistem em destruir nossa verdade.
Que o escudo repelente do ardor
Traga a paz que nos liberta da maldade.

Sou dormência pra essa "seriedade".
A escrotice de quem só quer honestidade.
A fuga do caminho da inocência.
A busca incessante para a conquista da coerência.

Que encontrem, esses lobos, seus caminhos
E nos errem a cada encontro na estrada
Que consigam achar também seu próprio ninho,
O amor que nos uniu na caminhada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Paz


Deixa passar.
O tempo faz o seu remover
E escorre para o rio levar
As dores se dissipam ao ver

Que tudo nessa vida há de mudar
Que "nada" ainda tem seu poder,
Mas nós havemos de escapar
Do som que impede o mover.

Ah! Vem cá e me aperte a mão
Que o frio a de se deparar
Com o amor que há no nosso coração
E a fuga vai se aplacar

Sem nos deixar na escuridão.
Espero ver você ao chegar
Do lado que está o clarão
Pra gente não se cegar.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Quer?


Não! Não feche os olhos agora.
Vem me encarar nessa hora.
Deixa eu ver você.

Sente. A minha língua ardente
Passar nesse corpo quente,
Vindo te socorrer.

Olha. Veja onde está o desejo.
Eu sou a faca e queijo
Querendo ver a fome morrer.

Espere. Nada está acabado.
Ainda tem um bocado
De amor pra lhe envolver.

Quer?