quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Até a paz.


"A paz é perturbadora!"
O negativismo faz isso brutalmente.
E em nossos corações parece o certo.
A verdade de uma eterna perturbação.

Essa usurpação "doadora"
Fere a alma inconscientemente.
Um erro amostra, aberto.
Que a gente não aceita no coração.

E a tranquilidade apaziguadora
Torna-se equivoco irremediavelmente.
Parecendo nos mostrar o encoberto.
O que a mente só aceita por ilusão.

Lutando com essa ideia usurpadora,
Vivo cada momento comumente.
Como se só houvesse "o correto"
E a vida me leva até a paixão.





terça-feira, 30 de outubro de 2012

Me deixe por favor.


Ele a deixou! E ela que pensava que não fosse suportar
Que ninguém mais daria uma razão para sorrir
Mas agora ela vê que não.
E foi até um alivio o que sentiu.

Ninguém mais lhe cobrar,
Nem lhe forçar a ter que "enfeitar" até o sol
E transformar sozinha um amor em sonho bom.
Tudo era irreal. E agora não lhe doí o ver partir.

Me deixe por favor e leve com você as brigas.
E aprenda que no mundo exitem mais
Do que duas pessoas desconhecidas.
Você cobrou de mim e nada mais.

Ela via o amor tentando encontrar alguém para continuar
Achou que uma nova chance poderia concertar 
A dor que outro alguém deixou
E os traumas que o mesmo concedeu.

Mas não foi bem assim! 
Ele só viu seu lado e decidiu se acostumar
Nem percebeu que havia uma ferida a se curar.
Saudade ela não sente mais de como era quando ele estava ali.

Saudade ela não sente mais do como era quando ele estava ali...

sábado, 20 de outubro de 2012

Gatilho.


O que a gente diz quando está satisfeito?
É só silencio, só pensamento...
Apenas lembranças escorrendo
Como o sabor gravado de algo perfeito.

É aquela sensação que o novo trás
O diferencial entre momentos;
Tempo trazendo amadurecimentos.
Sim. Porque ninguém a de ficar para trás.

Um paralelo apropriado
Sem que nada seja negado
Sem que nada seja escondido
Pois no novo, tudo será dito.

Como se a parede não tivesse olho
E o mundo a nossa volta nos ignorasse
Nesse nosso encontro eu te escolho
E o gatilho recomeça do jeito que se nasce.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ao egoismo de quem sente e fica calado.


Quando trocastes "o que se deve" pelo contrário
Estavas causando a ti sufocamento
E junto a isso destes o sofrimento
A quem só esperava ouvir o que é necessário.

Pois não há nada de arbitrário
Desejar sentir no cantinho do ouvido
O informe maravilhoso do que é sentido
A verbalização daquilo que é sacrário.

Nada de autoritário!
Pois sentimento não merece ser condicionado
Ao egoismo de quem sente e fica calado.
Um aliado e não um adversário.


O fim...


Eu tenho aquele dom interessante.
Aquele de transformar tudo em algo grande.
Aquele de deixar complexo o que não se aplica.
Aquele de invetar detalhe onde não precisa.

Sou dos que encontram cabelo no prato,
Algo preto num copo preto com água.
Que arranca um único cabelo branco da barba.
E sabe que o tempo é inimigo de fato.

Dias de tom de cinza tem sido constantes.
Até a esperança perdeu a cor,
Até a música ganhou acordes menores conflitantes
E eu assumo isso com uma certa dor.

Como se a vida não valesse muito;
Como se o nada fosse um rumo;
Como se perdesse a fé em mim;
Como se quisesse que chegasse o fim...


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A busca.


De volta a vida sem sal, sem tempero.
Aquela vidinha "pacata e cheia de quietude".
De marés mansas, de dúvidas, de desespero
Onde o que resta é a virtude.

Nada de "gordura", nada de exagero.
Num estado de busca;
Consultando a bussola;
Sempre solitário, sempre sorrateiro.

Das escolhas, essa é a mais "fácil".
Como se o medo prevê-se o futuro.
Como se o mundo passasse por um furo
E a gente ficasse em modo portátil.

É a volta ao animalesco, a caça.
A pesquisa inerente a quem procura.
Querendo encontrar o outro, a ternura.
Sabendo que na loteria a sorte passa.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sexo


O entrelaço das matérias ansiosas por mostrar querer.
O encontro miraculoso dos prazeres mútuos.
A força atípica que dissemina em gozos.
A intrépida razão pelo qual o desejo é pertencer.

Nos afáveis toques que só a mente percebe
Ouço o grito que o olhar dá silencioso.
O mais puro instinto aparecer nervoso
E faz com que a mente logo se apegue.

São exitosos cada beijo que se consegue
E intermináveis cada vez que sai o som.
São inexplicáveis, como se houvesse um dom
De extrapolar cada veia que o sangue aquece.

  

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O chorar...


Até que enfim, libertação.
Por que expulsar uma lagrima é tão difícil?
Guardada, machuca até o invisível.
Liberada, abre a porta para "salvação".

O buraco parece que começa a fechar.
O vazio não se preenche, mas diminui.
As trevas, lacrimejadas, libera luz
E a dor, estacionada, traz novo ar.

Segundas serão sempre de saudade.
E o tempo, nem isso apagará.
Pois cada lembrancinha ficará
Guardada como um bem, como verdade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Morrer.


Eu aguardo a morte todo dia.
A espero como o fim de um expediente.
O encontro que almejo, eu sei, é decadente.
Mas faz a vida ser bem menos fria.

Esse desejo é velho, mas sempre desistido.
É que pra quem não se despede é dolorido.
Mas faz a saudade amarga rever quem eu era.
E mostra o quanto a existência não é nada bela.

E penso que se morro deixo uma lição.
Que uma luta sempre nos machuca mesmo com a vitória
Conquistas que não levam a nada não viram história.
Desejos não realizados são como traição.

Mas penso mais uma vez em tudo o que é deixado
Que tanta alegria vira hipocrisia.
Que meu sorriso esbelto não tem euforia
Que na cabeça não tem mais um eixo.

E torno a mesa, a frente do meu laptop.
E volto a paquerar platonicamente a morte
E vivo com esse desgosto de não ter consigo...
Por causa de medo besta vivo aqui sofrido.