Eu tenho aquele dom interessante.
Aquele de transformar tudo em algo grande.
Aquele de deixar complexo o que não se aplica.
Aquele de invetar detalhe onde não precisa.
Sou dos que encontram cabelo no prato,
Algo preto num copo preto com água.
Que arranca um único cabelo branco da barba.
E sabe que o tempo é inimigo de fato.
Dias de tom de cinza tem sido constantes.
Até a esperança perdeu a cor,
Até a música ganhou acordes menores conflitantes
E eu assumo isso com uma certa dor.
Como se a vida não valesse muito;
Como se o nada fosse um rumo;
Como se perdesse a fé em mim;
Como se quisesse que chegasse o fim...
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