domingo, 25 de maio de 2014

Latrocínio



Sois como o assaltante, que discretamente surge pra roubar meus pensamentos. E fazes isso com tanta maestria que quando percebo me roubastes o tempo. Na minha distração, vens ligeiro. Tu sois a sombra, que está ali, mas não se nota. Tuas armas são fatais e os teus ataques são fulminantes. Ages com delicadeza e atinges profundamente os teus objetivos. Roubaste-me uma lágrima. E achando pouco roubastes mais! Diamantes escondidos dentro de mim. Toma-os como se te pertencessem. Como se legitimamente tivesses o direito de possuí-los.
Fiquei atônito! Paralisado! Assombrado por tamanha leveza nas mãos.
Eu estava ali, calado, mas perturbado e tu parecias ver em mim a vítima perfeita!
Latrocínio! Morro vivo e me deixas sem minhas preciosidades!

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