sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sem ela...



Sem ela sou fome constante
Delirante e cheio de solidão.
Sugestão imposta a minha vida
A saída é mesmo esperar.

Sem ela sou insônia.
Rio amazônia povoado minha cabeça.
A sexta passou com pouco agito
Atrito que o calor transmite.

Sem ela sou solitário.
Nem o imaginário consegue dar consolo.
Contorno que eu não consigo dar
Ah noitesinha miserável! 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Na boca



Quando ela me bota na boca e me beija
Nasce inevitavelmente um brilho no olhar.
Ainda que tímido eu esteja os sentidos parecem acordar.

Quando ela me bota na boca e me lambe
Pareço ter recebido na cabeça
Uma explosão de nebulosas a gerar estrelas

Quando ela me bota na boca e me suga
Fico congelado e irredutivelmente entregue
Pareço ser um escravo. Sou tudo que "não se deve"!

Quando ela me bota na boca e me engole
Sou tetraplégico, paralítico, sou demente
Mover-se é uma tortura e respiro sorridente.