segunda-feira, 26 de março de 2012

A máquina do esquecimento.


-Diga onde você quer chegar?
-Espera, falta concentração...
-Pra mudar o que você não gostou "aperte o botão". Outra vez! Veja a situação. Em branco se fez!

-Se apagar for melhor que mentir pra mim?
-Pense bem!
-É melhor não olhar pra trás!

-Quero muito de tudo esquece. Tenho tempo pra reaprender.
-Deletar iria me ajudar. A dor exaurir... E sem ter no que mais pensar me sinto feliz.


-Se apagar for melhor que mentir pra mim?
-Pense bem!
-É melhor não olhar pra trás!

-Diga onde você quer chegar?

domingo, 25 de março de 2012

O cego.


Desce escorregando lentamente por dentro,
Nas minúcias das dúvidas constantes,
Nos medos que agora são residentes
Daquilo que eu não queria. Aflito.

Salgada, como é de praxe.
Arde fora do comum,
Como se os "poros" nunca tivessem fechado.
Eu sinto mesmo é tudo rasgando.

Me fazendo lembrar daquele "candelabro".
Trazendo o arrependimento ao vocabulário.
Tapas na cara que o reflexo me dá,
Que eu preciso aprender onde quero chegar.

Tarde de domingos me fazem assim...
Seriedade, ambiguidade, curiosidade.
Toda hora pedindo a verdade
Que me faça voltar a ver...


terça-feira, 20 de março de 2012

Mentiras e sorrisos.


Ela percebeu que a sigo pela rua

Deve achar que sou um tipo de doente

Mas só em ver os seus passos me acabo
De ilusão, sim de ilusão

O disfarce acabou e agora a saída é fingir,
Demonstrando que não sinto nada ao lhe ver.
As mentiras se acumulam no sorri...
Como dizer que:


Não agüento mais guardar
O desejo de ser teu
E estourar esse balão que o ar aqui encheu
É tão bom extravasar
Esse ardor que ninguém sente.
Se eu disser...Se eu disser... Melhor não!


Será que devo arriscar e confessar a minha culpa
Por não ter tido uma atitude mais decente
De me expor sem ter medo do acaso
Aflição! Como dizer que:

Não agüento mais guardar
O desejo de ser teu
E estourar esse balão que o ar aqui encheu
É tão bom extravasar
Esse ardor que ninguém sente.
Se eu disser...Se eu disser...É amor.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Das profundezas do que é belo e feio...


Das profundezas do que é belo e feio, tu estavas lá!
Pois em beleza conquistaste um sentimento
E no que é feio plantastes decepção.

Um sentimento que nasceu desatento
Que por estética não deveria existir,
Mas que por insistência, resolveu nascer.

Do que é feio, tirastes a segurança,
Que a gente luta muito tempo para ter.
E então "vossa alteza" pisastes com desprendimento.

A ti digo que perdeste uma chance
Que por sorte um dia encontrarás
A vida não se doa como antes...



domingo, 18 de março de 2012

Dedo na boca, olho no olho...


Olhava. Hum e como olhava.
Fazia eu me sentir em outro estado,
Em outra atmosfera.
Aquele olhar falava tanto
Que obrigamos o silêncio a se fazer presente.
Esse era um daqueles sinais misteriosos
Que toda mulher faz questão de demonstrar.
Não havia lugar pra fingimento,
Nem pra simulação.
Nada era virtual, era o real dizendo:
"Estou aqui! Vem!"
E como todo homem vira menino,
Quando se sente intimidado,
Ele, desconfiado, começou a falar.
Dedo na boca, olho no olho
E mais uma vez ela tomou o poder.
A maquiagem borrada já dizia tudo
O corpo quente respondia os porquês.
Tudo lindo. Tudo desejável
Era tudo admiração.

terça-feira, 13 de março de 2012

...desejo, vontade, impulso.


Todos aqueles cacos juntados se esfacelam delicadamente em formatos de carinhos despretensiosos, em formatos desiguais e desonestos, onde a falta de coragem trás silencio e conformidade. Eu já nem sei porque estou assim! De um lado vejo uma construção e do outro cato os destroços.
Eu queria bem mais do que eu tenho - e quem não quer né? - mas pra quê treinar por uma luta perdida? Onde há logica nesse caminho que parece mais um labirinto?
Idealizamos sempre muita perfeição, mesmo sabendo que ela nunca existiu. E ai busco o que me angustia, espero pelo desprezo, torço pelo "pior time" e colho farelos.
Tenho me esquecido e sinto que estou longe demais pra tentar me buscar! É foda!
Vou voltar mesmo! Preciso desse resgate que vai me fazer perder tempo...
Pareço estátua de praça, que não gera lembranças, que não lembra história alguma.
Não gero desejo, vontade, nem impulso.

sábado, 10 de março de 2012

Nosso elo...


Não vou dizer que tudo foi um erro.
Nem que esse tempo todo foi em vão.
Que as memórias só são de lamento
Ou que foi bom essa separação.

Era belo e se fez feio;
Nosso elo foi desfeito;
E eu sei bem onde falhei.
Não há culpa depositada!
Acabou e mais nada.
E lá se vai uma história de amor.


Sei que o fim chegou!
"Não vá!" Podia ser o certo a se dizer...
Talvez.
Não vou fingir que o amor morreu pra aliviar o peso
Que a falta aqui me faz. Do teu amor... Teu amor...

Eu quero ver sua felicidade.
Não vou guarda aqui nenhum rancor.
Não vou negar que foi de verdade.
Você será pra sempre o meu grande amor.


Era belo e se fez feio;
Nosso elo foi desfeito;
E eu sei bem onde falhei.
Não há culpa depositada!
Acabou e mais nada.
E lá se vai uma história de amor.


Sei que o fim chegou!
"Não vá!" Podia ser o certo a se dizer...
Talvez.
Não vou fingir que o amor morreu pra aliviar o peso
Que a falta aqui me faz. Do teu amor... Teu amor...


quinta-feira, 8 de março de 2012

Evaporar.


Te dou doses homeopáticas de mim
Pra saberes que comigo podes contar.
Que sou mais que um afago desprendido
Que esperas a noite encontrar.
Me torno o carinho que o espinho desferiu,
Sou o alento que pretende inspirar.
Nosso contato foi o que me possuiu
Basta querer que apareço num piscar.
Não me diga que não haverá repetição
Pois a espero todo dia sem parar.
Se derretermos, faremos muito bem
É que há sempre muita cede pra matar
E se a gente se esquece de beber
Teremos culpa se o desejo evaporar.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Menina/Mulher



Agora que tirou o aparelho, sabe o que é ser mulher.
Já faz até a unha e o cabelo, se veste como quer.
Ganhou o brilho que toda criança perde quando para de brincar.
E hoje esquece até da ciranda pra poder se arrumar.
Como é que uma menina tão lindinha ganha um corpão?
Não dá pra imaginar que magia deixou ela um mulherão.
O cabelo curtinho agora ganha ondulações;
Parece que balança sozinho sem vento com as decisões.
A calça skinny tomou o sentido do vestido.
O salto alto expulsa a sapatilha pro esquecido.
Como é que uma menina tão lindinha ganha um corpão?
Não dá pra imaginar que magia deixou ela um mulherão.
Com apenas um lápis no olho chama para si
Qualquer olhar que o atingir.
Não tem mais medo de errar até gosta de arriscar
Um papo com aquele que teve coragem pra lhe acenar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Tua altivez... Olha o que fez!


Poderias me comer "pelas beiradas",
Mas deixas a cada passo, que eu escorra.
Cada grão que desprezas na estrada,
Vira rosa vermelha em outra mão.

Tu te inflamas de sábias ideologias,
Que na verdade só as são para ti.
Menosprezas aquilo que querias
Por causa de um erro que não admitis.

Te arrependas enquanto estou morno,
Pois frio, sou  pior que cegueira.
Despejo o que fizestes na fogueira
E digo adeus como o exposto!

sábado, 3 de março de 2012

Tanto pra ser...


Eu já fui uma criança!
Acordava cedinho e corria pela rua
Queria descobrir o que tinha depois do meu muro.
Dei trabalho demais...

Eu já fui adolescente!
Envolto em conflitos e medos.
Queria descobrir porque estava vivo.
Eu quebrei a cara demais...

Eu já fui jovem!
Cheio de sonhos e fé.
Queria pôr o mundo em minhas mãos.
Eu errei demais...

E daí?
Ainda a tanto pra ser...
Eu tenho coragem de dizer que sou apenas um aprendiz.
O que eu quero mesmo é aprender.