domingo, 18 de agosto de 2013

Para Elisa Lucinda.



Nada mudou! E eu fico me perguntando se não estou mentindo pra mim. Se não é mais uma desculpa pra que eu senta pena de mim novamente e me auto-destrua. Ai, quando penso com mais egoísmo vejo que alguma coisa mudou. É, mudou sim! Depois de tanto tentar me reinventar como ser, vejo com uma certa clareza agora. Vejo novidades, menos proza, mais ação.

Não foi muito difícil deixar aquela negra mexer comigo. Com meus sentimentos, com os pensamentos, com os excrementos que eu propositalmente deixei ali pra me acusar de não ter feito a faxina com o cuidado devido. "Aquela Negra"... Puta que pariu. Que fúria, que força, que olhar... Me disse com uma poesia. Parecia que estava falando com uma criança, orientando ela no que vestir, em como escovar os dentes, como pentear o cabelo. Me ensinou muito bem!

A cada verso, a cada estrofe, a cada balbucio de palavra, eu me via achando a minha vida. Sim! Simples palavras, mas profundas como nunca havia sentido antes. Era o encontro do corpo com a alma e ai eu chorei. Me entreguei completamente aquele sentimento de nudez, de timidez revelada. Fui confrontado com o monstro do espelho que dá tapa na cara da gente dizendo que a gente é de verdade. Nosso eu.

Tudo mudou! O jeito, o pensamentos, os sonhos, a poesia, os desejos e principalmente a visão.

Eu mudei!


Nenhum comentário:

Postar um comentário