terça-feira, 8 de março de 2011

"O que eu via na minha parede"


Entre desenhos, rabiscos e pintura, existem palavras.
Palavras que terei que diluir da minha vida.
Vida que deixo pra trás sabendo exatamente o que eu perdi.
Perdi o meu eu que agora luto pra traze-lo de volta.
Volta e meia me perco desse mundo envolto de mim.
Mim que é o ser dentro desse meu eu que luta pra se achar.
Achar, sabe como é não é? Cai sempre na "agulha no palheiro".
Palheiro que na verdade era ferro forte, inabalável.
Inabalável é o jeito bonito de dizer que era simples.
Simples não do meu ponto de vista.
Vista que hora vê tudo e hora não vê nada.
Nada, era uma das palavras que não se encaixava.
Encaixava? Sim, encaixava, e como.
Como uma luva que serve para uma mão.
Mão que se abre pra deixar o pássaro voar.
Voar em direção ao que eu decidi apagar.
Apagar...
Apagar...
Apagar...

3 comentários:

  1. Gostaria de olhar a minha parede de um ângulo diferente, em uma outra perspectiva. De preferência mais poética e otimista.
    =D

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  2. Sua gentileza é que me salva sabia?
    =*

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  3. Freud diz que nada pode ser apagado.. e sim reescrito, e acredito que ele tem razão.. apesar de que as vezes queremos apagar tantas vezes, tantas coisas...

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