segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013


Tuas dores não serão esquecidas,
Mas serão aliviadas.
E que as tristezas de outrora advindas
Sejam com esta noite deixada.

Que cada olhar traga a nós esperança,
Dessas que levam a gente a delirar.
Porque ter fé hoje em dia é como dança
Daquelas que nem todos sabem dançar.

Peço a paz que a todos é merecida
E desejo o amor, que é oportuno,
Aqueles que valorizam, por um segundo,
A vida que sonhou em algum dia.

Que venham até nós os desafios
Dos caminhos que as escolhas nos trouxer.
Quem sabe nesta noite, se Deus quiser,
Possamos contemplar mesmo por um fio.




segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cada galho cresce pra onde der pra subir.


Quando prendo meu pensando no que é amor
Comparo inevitavelmente a tudo que já vivi.
E claro, é injusto. -"Não compare por favor".
Porque cada galho cresce pra onde der pra subir.

É! Exatamente como uma simples árvore.
Tomam formas mil. Incontroláveis.
Muitas vezes indizíveis. Um recorte.
Pra mostrar pra gente caminhos improváveis.

O amor tem disso. Levar pra onde não esperamos.
Um misto de perdido, mas direcionado.
Brincadeira de esconde-esconde em que esbarramos.
Chegando até onde o amanhã leva apertado.



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quero esse amor!


Vem e me ajuda a ver
Aquele amor que é fácil de entender
E que a gente espera a vida inteira.

Pode vir e me aconselhe a ter compreensão
Pra entender que a solidão
Vem do desejo de estar livre.

Quero esse amor!
Que me liberta a ser quem sou.
Que iluminar todo meu sofrer
E faz com que eu perceba que o que é bom está no agora.

Vamos lá. Quero bem junto te acompanhar
E os espinhos que envolver, encarar.
Porque a graça é um conjunto.

Topo sim. E não importa o que está por vir
Se de mãos dadas a gente fluir
No rio enladeirado dessa vida.


Quero esse amor!
Que me liberta a ser quem sou
Que iluminar todo meu sofrer
E faz com que eu perceba que o que é bom está no agora.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dias sombrios e noites iluminadas.


Dias sombrios e noites iluminadas.
Lampadas apagadas.
A morte por um fio.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Sonhos da alvorada.
Acordo e estou sozinho.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Alma que definhava.
Alvo não atingido.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Vejo a gargalhada
E sinto aquele desafio.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Carne despedaçada...
Sinto sem arrepio.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Pergunta inacabada
E bate o calafrio.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Medo que desaba
Fome que renuncio.

Dias sombrios e noites iluminadas.
Mascara engraçada...
Poço que está vazio.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A humildade de saber mudar.


Se a um mal entendido a gente resistir...
Ou se a uma briga a gente superar...
Se numa conversa eu me redimir...
Fico esperando você perdoar!

Espero que a gente viva assim
Com a humildade de saber mudar
É o caminho para ser feliz
Com os problemas para superar.

Não peço que me venha com a perfeição...
Oh, ela não existe!

Se eu não tiver força pra admitir...
Ou se o orgulho não te esmagar...
Se disse que eu esqueci...
Fico esperando você perdoar!


Espero que a gente viva assim
Com a humildade de saber mudar
É o caminho para ser feliz
Com os problemas para superar.



Não peço que me venha com a perfeição...
Oh, ela não existe!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Madrugada.


Eu sou o desejo chegando de madrugada.
Que não espera o brilhar do sol.
Sou desespero, ansiedade maltratada
Mas quando acordo te enrosco em meu lençol.

Às quatro e meia sinto o cheiro de queimado
É o teu corpo em combustão a me chamar.
Se me atraso perco tudo calcinado
E se me adianto não me importo em queimar.

Como dragão, cuspo fogo incessante.
E não há arma que consiga me parar.
Sou desse jeito. Uma criança inconsequente
Aguente firme. Está pertinho de acabar.



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quando as palavras fogem... Ódio.


Tenho ódio quando as palavras me fogem
E fazem de mim um prisioneiro do silêncio.
Fico transtornado. Coisas corroem
E o nada passa a ser o meu tormento.

Faço um esforço. Tento, discorro,
Mas cada fracasso me trás frustração.
Me apego a isso. Faço de novo
Até o meu ar rasga o pulmão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Teu feitio.


Nesse teu colo faço ninho
Carinho pra gente deitar.
Só pra provar que está quentinho
Vinho doce de degustar.

Meu sono agora é calmaria
Traria paz, se sempre presente.
Tua ausência causa taquicardia.
Fatia do tempo. Infelizmente.

Na tua partida me angustio.
E um fio me traz lembrança sem tamanho.
Pois és alegria. Teu feitio.
Confio o prazer no teu encanto.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desconfiado.


Amar. Essa necessidade conflitante
Que exerce sobre nós força ultrajante
E que nada faz cessar o seu desejo.

Amor. Sensação exagerada
Que faz a vida correr apressada
Mesmo a gente querendo o tempo parar.

Dúvida. A traidora de qualquer emoção.
Traz o tormento dizendo que não há devolução
E a gente arremete num puro extinto de defesa.

Adeus. O desossar da imortalidade
Fazendo nascer a descredibilidade
Deixando de resto apenas o medo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

É a vida.


Quando se vê uma porta fechada
É a vida, de forma apressada
Mandando a gente olhar pra outro lugar
Ensinando que "do lado" tem o que mostrar.

Quando tudo estiver dando errado
É a vida, com seu jeito esparramado
Dizendo que faltou "planejamento"
Ou que é preciso mais engajamento.

Quando seus amigos são só críticas
É a vida, cheia de "pragmáticas"
Dando uma tapa na tua cara
Te implorando pra tirar a máscara.



Samba apocalíptico.


A um ano atrás eu perdi as esperanças e aqui estou eu, vivo!

Sonhei que sol não queimaria
Ardia, ardia, ardia.
Sonhei que o mar voltava a sua calmaria
A vida, a vida, a vida.
As sementes que eu plantei não vingaram;
Os tiros que dei não acertaram ninguém, mas...

A um ano atrás eu perdi as esperanças e aqui estou eu, vivo!

Sonhei que o amor voltava a minha vida
Ardia, ardia, ardia
Sonhei que a paz chegava a minha vista
Há vida, há vida, há vida.

As sementes que eu plantei não vingaram;
Os tiros que dei não acertaram ninguém, mas...


A um ano atrás eu perdi as esperanças e aqui estou eu, vivo!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

E você egoísta.



Pode ir! Se for pra ser assim
E pode deixar que sei cuidar de mim.
Essa sua intenção de só depender
Eu não aceito mais. Aprenda a viver.

Te entreguei a paz que você fez de dor
Eu fui o teu Cristo, dando a salvação
Fui a luz da lua na tua escuridão
E você, egoísta, me deixou sem cor.


Pode ir! Se for pra ser assim
E pode deixar que sei cuidar de mim.
Essa sua intenção de só depender
Eu não aceito mais. Aprenda a viver.

O que você quer que eu já não te dei?
Te dei meu amor pra você superar
Dei dedicação pra te comprovar
E você, egoísta... Não perdoarei!







quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O ex-cafajeste.


Não é só olhar.
Essa não é a questão.
Preciso controlar
Essa minha "animação".

O certo é se conter,
Deixar de procurar.
Porque se ela ver
Eu vou a magoar.

Me diga você se não é assim
Ter que repreender o desejo de ir
Mas pelo meu amor, que está a me esperar
Fico só de longe com o meu olhar.

Eu tenho respeito.
Não sou um animal.
Sei o que é direito
E o que é imoral.

O meu passado é tenso
E eu sei muito bem
Mas um amor intenso
Não perco por ninguém.




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Se enterrando...


Eu só queria saber o porque dessa amargura.
Parece até que sentes prazer em destila-la.
Se percebe, na tua voz, o gosto de expressa-la
E feres até a quem te quer bem. Coisa tua.

Fazes isso desmedidamente.
E não percebes que tal coisa se doa aos inimigos.
Que os que estão ao teu lado fogem rapidamente
Pois não se aguenta ouvir tanta lamuria. Amigos?

São esses que ousas desafiar com tortura?
São os que suportam tuas críticas sem fim?
Pra mim esses são os tolos que caem na tua "fofura".
Coisa muito indigna para mim!


Eu tenho pra mim que vês como um cão.
Dás a entender que tua vida é sem cor.
Que nada que os outros fazem tem valor
E que tu deténs toda solução.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Corpos coerentes.


A carne parece viva.
Uma ferida aberta gritando
Como se o corpo estive queimando
E a gente não segurasse a saliva.

Os olhos ainda fechados
Madrugados e sonolentos
Fazem os sons dos talentos
Que juntos sabemos como executados.

São movimentos fortes
Respiração dificultosa
Dessas que são gostosas
E fazem bem. Coerentes.



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Uma "onça"...


Ele me toma com uma confiança
Que a gente expressa até o que não quer.
Ele me leva como à quem dança
E faz de mim a sua mulher.

Na sua força encontro a segurança.
E sinto nele que não sou qualquer.
Que sou querida, mas sei ser uma onça
Naqueles braços eu sou sua fé.

A boca dele vem queimando tudo
E a sua língua é o poder à mão.
Sou torneada bem ali no centro
Bem encaixada não lhe deixo em vão.

Sou sua escrava e ele é sortudo
Pois não permito homem dominar
Se eu me entrego é porque estou desarmada.
E quero ver o seu amor entrar.

Ele é a água que sacia a sede.
Até parece usar telepatia
O cóccix treme e a dor se despede.
Invade a alma, a pele e trás magia.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Até a paz.


"A paz é perturbadora!"
O negativismo faz isso brutalmente.
E em nossos corações parece o certo.
A verdade de uma eterna perturbação.

Essa usurpação "doadora"
Fere a alma inconscientemente.
Um erro amostra, aberto.
Que a gente não aceita no coração.

E a tranquilidade apaziguadora
Torna-se equivoco irremediavelmente.
Parecendo nos mostrar o encoberto.
O que a mente só aceita por ilusão.

Lutando com essa ideia usurpadora,
Vivo cada momento comumente.
Como se só houvesse "o correto"
E a vida me leva até a paixão.





terça-feira, 30 de outubro de 2012

Me deixe por favor.


Ele a deixou! E ela que pensava que não fosse suportar
Que ninguém mais daria uma razão para sorrir
Mas agora ela vê que não.
E foi até um alivio o que sentiu.

Ninguém mais lhe cobrar,
Nem lhe forçar a ter que "enfeitar" até o sol
E transformar sozinha um amor em sonho bom.
Tudo era irreal. E agora não lhe doí o ver partir.

Me deixe por favor e leve com você as brigas.
E aprenda que no mundo exitem mais
Do que duas pessoas desconhecidas.
Você cobrou de mim e nada mais.

Ela via o amor tentando encontrar alguém para continuar
Achou que uma nova chance poderia concertar 
A dor que outro alguém deixou
E os traumas que o mesmo concedeu.

Mas não foi bem assim! 
Ele só viu seu lado e decidiu se acostumar
Nem percebeu que havia uma ferida a se curar.
Saudade ela não sente mais de como era quando ele estava ali.

Saudade ela não sente mais do como era quando ele estava ali...

sábado, 20 de outubro de 2012

Gatilho.


O que a gente diz quando está satisfeito?
É só silencio, só pensamento...
Apenas lembranças escorrendo
Como o sabor gravado de algo perfeito.

É aquela sensação que o novo trás
O diferencial entre momentos;
Tempo trazendo amadurecimentos.
Sim. Porque ninguém a de ficar para trás.

Um paralelo apropriado
Sem que nada seja negado
Sem que nada seja escondido
Pois no novo, tudo será dito.

Como se a parede não tivesse olho
E o mundo a nossa volta nos ignorasse
Nesse nosso encontro eu te escolho
E o gatilho recomeça do jeito que se nasce.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ao egoismo de quem sente e fica calado.


Quando trocastes "o que se deve" pelo contrário
Estavas causando a ti sufocamento
E junto a isso destes o sofrimento
A quem só esperava ouvir o que é necessário.

Pois não há nada de arbitrário
Desejar sentir no cantinho do ouvido
O informe maravilhoso do que é sentido
A verbalização daquilo que é sacrário.

Nada de autoritário!
Pois sentimento não merece ser condicionado
Ao egoismo de quem sente e fica calado.
Um aliado e não um adversário.


O fim...


Eu tenho aquele dom interessante.
Aquele de transformar tudo em algo grande.
Aquele de deixar complexo o que não se aplica.
Aquele de invetar detalhe onde não precisa.

Sou dos que encontram cabelo no prato,
Algo preto num copo preto com água.
Que arranca um único cabelo branco da barba.
E sabe que o tempo é inimigo de fato.

Dias de tom de cinza tem sido constantes.
Até a esperança perdeu a cor,
Até a música ganhou acordes menores conflitantes
E eu assumo isso com uma certa dor.

Como se a vida não valesse muito;
Como se o nada fosse um rumo;
Como se perdesse a fé em mim;
Como se quisesse que chegasse o fim...


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A busca.


De volta a vida sem sal, sem tempero.
Aquela vidinha "pacata e cheia de quietude".
De marés mansas, de dúvidas, de desespero
Onde o que resta é a virtude.

Nada de "gordura", nada de exagero.
Num estado de busca;
Consultando a bussola;
Sempre solitário, sempre sorrateiro.

Das escolhas, essa é a mais "fácil".
Como se o medo prevê-se o futuro.
Como se o mundo passasse por um furo
E a gente ficasse em modo portátil.

É a volta ao animalesco, a caça.
A pesquisa inerente a quem procura.
Querendo encontrar o outro, a ternura.
Sabendo que na loteria a sorte passa.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sexo


O entrelaço das matérias ansiosas por mostrar querer.
O encontro miraculoso dos prazeres mútuos.
A força atípica que dissemina em gozos.
A intrépida razão pelo qual o desejo é pertencer.

Nos afáveis toques que só a mente percebe
Ouço o grito que o olhar dá silencioso.
O mais puro instinto aparecer nervoso
E faz com que a mente logo se apegue.

São exitosos cada beijo que se consegue
E intermináveis cada vez que sai o som.
São inexplicáveis, como se houvesse um dom
De extrapolar cada veia que o sangue aquece.

  

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O chorar...


Até que enfim, libertação.
Por que expulsar uma lagrima é tão difícil?
Guardada, machuca até o invisível.
Liberada, abre a porta para "salvação".

O buraco parece que começa a fechar.
O vazio não se preenche, mas diminui.
As trevas, lacrimejadas, libera luz
E a dor, estacionada, traz novo ar.

Segundas serão sempre de saudade.
E o tempo, nem isso apagará.
Pois cada lembrancinha ficará
Guardada como um bem, como verdade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Morrer.


Eu aguardo a morte todo dia.
A espero como o fim de um expediente.
O encontro que almejo, eu sei, é decadente.
Mas faz a vida ser bem menos fria.

Esse desejo é velho, mas sempre desistido.
É que pra quem não se despede é dolorido.
Mas faz a saudade amarga rever quem eu era.
E mostra o quanto a existência não é nada bela.

E penso que se morro deixo uma lição.
Que uma luta sempre nos machuca mesmo com a vitória
Conquistas que não levam a nada não viram história.
Desejos não realizados são como traição.

Mas penso mais uma vez em tudo o que é deixado
Que tanta alegria vira hipocrisia.
Que meu sorriso esbelto não tem euforia
Que na cabeça não tem mais um eixo.

E torno a mesa, a frente do meu laptop.
E volto a paquerar platonicamente a morte
E vivo com esse desgosto de não ter consigo...
Por causa de medo besta vivo aqui sofrido.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Neoliberal.


Engole-me como fazes a tudo que tocas.
E expulsa de mim tudo aquilo que te enojas.
Me prive dos desejos mais simples
E me acorrente as suas teses infames.

Faça do "teu mundo" o que quiseres.
E atormentes com rigor os que te desprezam.
Ensina-lhes a lição que os pais não deram.
Exclua os "teus vassalos" como a chicletes.

Que os "teus domínios" sejam só para o teu deleite,
E que o teu sustento venha ser indivisível.
Que seja escura a tua trama "invisível",
Pra que o povo não conheça tua coroa de enfeite.

Que os "seres reles" se tropecem uns nos outros.
Que a vida deles valham menos que o respeito.
Pra administrares o povo com o teu despeito
E que a necessidade seja trocada por alguns votos.

Que o dinheiro percorra nas tuas veias.
Que esse desejo te atormente como um vício
Por que nesse mundo tudo isso é propício...
Fazer o outro ser pior por não ter "meias".

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O louco?


E se a vida fosse tão fácil quanto um piscar de olhos?
Você desistiria de tudo com mais liberdade.
A liberdade de assumir que não tem nada de perfeito?

E se tudo dependesse de você? Deixaria o tempo passar?
Levaria na barriga, como um peso morto em seus braços?
Porque eu penso nisso o tempo todo...

Como ter horário pra tudo. Como organizar meu tempo...
Logo me pergunto pra quê? Por quê?
E naturalmente percebo que tenho sérios problemas.

Eu queria abrir mão de tudo hoje
Dizer o que quero com o maior egoismo possível.
Por que no fim é você que está aprisionado em seu silêncio.

Mas tem coisa pior do que dizer aos outros o que eles já deveriam saber?
Não!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.


Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

Parece uma prisão sem guardas pra guardar.
Essa decepção é que me faz chorar.
Pois um ser dominado vive a pisar em ovos
Por isso a gente vê tantos divórcios.

Parece a jaula do leão com o doma-a-dor.
Com seu chicote a mão, causando-me terror.
Um "oficial da justiça" com uma intimação.
Dizendo-se o dono e que não abre mão.

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

Parece um espião buscando um terrorista.
Ou um policial fazendo uma revista.
Acha perturbação em um simples torpedo.
Seu questionário a mão, olhando com desprezo.

Parece um ditador com apenas um escravo
Ou um cão pastor que late e enche o saco.
Eu não quero mais isso pra minha vida.
Vou correr atrás do que me der na vista.

Troque por alguém que vai lhe dar amor de verdade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vivo...


Pra cada momento da vida, uma solução. 
Um conjunto de questionamentos que se elaboram a cada segundo de vida. Como se fosse impossível fugir de tais situações e que cada sol não trará sua gota de tinta pra somar  a essas letras duvidosas. 
Em meu silêncio, pondero o que não devo. O que só a vida deveria me responder. 
Me encho em medos que só eu posso exorcizar. 
E tentando me acalmar, vivo. Como se não houvesse remediação.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Demérito (nunca vou entender)


Nunca vou entender o descrédito.
O desejo de arrancar de alguém a esperança.
Piolhos com desejo de ficar na "cabeça".
É difícil de compreender o demérito.

Como se já não bastasse o dia-a-dia
Pra dizer pra gente que nada é fácil.
Soprando nos ouvidos de forma tardia
Que olhar pra trás é coisa de sábio.

Eu quero, perto de mim, gente com fé!
Esses "pobres coitados" cheios de graça.
Que transformam mediocridade em raça
De crescer usando a força que der!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que seria de nós?


Sem a indecência o que seria de nós?
Com "pouca vergonha" se chega longe.
Minha cara lavada é feroz!
Porque essa timidez fez de mim um monge.

Que se calem os invejosos desse amor
Que insistem em destruir nossa verdade.
Que o escudo repelente do ardor
Traga a paz que nos liberta da maldade.

Sou dormência pra essa "seriedade".
A escrotice de quem só quer honestidade.
A fuga do caminho da inocência.
A busca incessante para a conquista da coerência.

Que encontrem, esses lobos, seus caminhos
E nos errem a cada encontro na estrada
Que consigam achar também seu próprio ninho,
O amor que nos uniu na caminhada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Paz


Deixa passar.
O tempo faz o seu remover
E escorre para o rio levar
As dores se dissipam ao ver

Que tudo nessa vida há de mudar
Que "nada" ainda tem seu poder,
Mas nós havemos de escapar
Do som que impede o mover.

Ah! Vem cá e me aperte a mão
Que o frio a de se deparar
Com o amor que há no nosso coração
E a fuga vai se aplacar

Sem nos deixar na escuridão.
Espero ver você ao chegar
Do lado que está o clarão
Pra gente não se cegar.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Quer?


Não! Não feche os olhos agora.
Vem me encarar nessa hora.
Deixa eu ver você.

Sente. A minha língua ardente
Passar nesse corpo quente,
Vindo te socorrer.

Olha. Veja onde está o desejo.
Eu sou a faca e queijo
Querendo ver a fome morrer.

Espere. Nada está acabado.
Ainda tem um bocado
De amor pra lhe envolver.

Quer?



terça-feira, 28 de agosto de 2012

O besta.


Você é linda, "minha virtude".
Eu não vou te esquecer!
Fui um vassalo, fui seu cavalo.
Fui com todo prazer!
As vezes era bem maltratado
Até lambi o chão.
Mesmo apanhando eu te amava
Depois que fiquei na mão.

YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH

Você foi a primeira, foi a segunda...
Eu não vou te esquecer!
Fui adestrado, fui bem mimado.
Você me fez querer!
As vezes era escorraçado
Chutado feito cão.
Mas a sensação que sinto agora...
Não vou pedir perdão!


YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH

Você foi alegria. Fez o que queria.
Eu não vou te esquecer!
Não existia nem amizade,
Fui o seu bel prazer.
Eu te tratava feito rainha.
Você me fez sofrer.
Mas sinto alegria, aqui, agora...
Escuta com o coração.


YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH
YEAAHHHHHHHHHHH

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando olho pra você...


Não vou acreditar que tanto amor pode desfazer-se assim.
Tudo foi falado na ausência do olhar.
Sei que dei razão, vou admitir, mas não vejo acabar...
Quando um não quer não tem briga sem um fim.

Se desencontrar é assim, sempre vai trazer o sofrer
E pra isso passar, alguém tem que te ouvir.
Não há outra questão! Paciência pode a paz transmitir.
A doce lição que faz de tudo resolver.

Quando eu olho pra você
Sei que posso me adequar.
E que quando anoitecer
Juntos nós vamos estar.
Pra alegria amanhecer
E a gente olhar e acreditar
No que esse amor pode fazer.

Que essa lição venha a plantar
Confiança no porvir
E se a gente parar a calma pode nos unir.
Que cada discussão, feita no olhar
Encontre um jeito pra ouvir
E traga a solução para tudo continuar.




terça-feira, 31 de julho de 2012

Praia.


Gemia! Como onda apaixonada querendo beijar a praia.
Fazendo aqueles sons pra dar aquele gosto a beira mar.
Aquele vento tranquilizante batendo na pele laia
É a língua disferida no teu pescoço a intimidar.

É nessa brisa que sinto o frio na espinha.
Me arrepiando e me levando a te abraçar.
Pois quando vem a tua mão a me apalpar
Eu escorrego te esperando ser tua niña.

Quando me esfregas com teu peito a me enxugar
Lembro da gente se olhando na escuridão.
O sol queimando se assemelha ao meu tesão.
E oceano é minha vontade de te amar.


Estagnado


Sinto que minha vida está me deixando quando termino uma frase que não tem mais rima.
Porque é nesse balanço das letras que enxergo o quanto sou dependente. Viciado...
Por tudo que venha a me fazer sonhar, crer, admirar, sorrir. Pelo que trás vida.
E vai começando a falta ideias pra terminar uma simples frase. Estagnado.

É fácil perceber da primeira a quarta linha da primeira estrofe.
Que começam a vir cada vez menos palavras de sensatez.
Como se emergisse para dentro da minha fome.
E me entristeço pela percepção de um "talvez".

Vou me lembrando quando eu era o erro.
E o quanto isso fazia de mim alma em escuridão.
E eu atormentado, tentando me salvar do meu desespero
A cada ofegante instante de vida, vejo meu mundo. Destruição.

Em plenos segundos me concerto, me ergo. Tentando achar inspiração.
Vem a vida, vem o dia e eu calado fico vendo televisão. Desespero copilação.
Pego um lápis, pego um papel e inicio uma volta concentrada a tudo o que me dava paz.
Encontro alegria, encontro os amigos. Vem meu agora singelo e me leva as palavras que levam ao "faz"!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Joana D'arc


Ela sangra "até a morte", mas não para, mas não para de lutar.
Sente dores muito fortes, mas não olha, mas não olha para trás.
Isso é a beleza. É o que faz a gente se orgulhar.
Dribla a fraqueza com o saber onde chegar.

Sua boca é sua espada e o escudo, e o escudo é o seu olhar.
Na cabeça um sentimento e no peito, e no peito o seu amar.
Isso é a beleza. É o que faz a gente se orgulhar.
Dribla a fraqueza com o saber onde chegar.

Ela vai vencer! Ela vai vencer! Ela vai vencer!




segunda-feira, 16 de julho de 2012

Acorde.


Deixa invadir, mesmo que sorrateiramente,
Pra que essa conquista nos deixe mais mimados
E abraçados, os dias sejam mais envolventes,
Nas noites quentes tudo seja mais animado.

Vem sem demora!
E que essa prece não se vá ao fim da vela
Que crave a carne... Se revela.
Pra que a alma não implore por esmola.

Faz dessa menina a tua musa.
Deixa eu ser tua hipotenusa.
O resultado ao quadrado das tuas ansiedades
A proporção que me desferes tua habilidade.


Corre! Mas não se afobe.
Pois o que espero é muito mais do que paixão.
Mais do que força constatada em tua mão.
Quero o sabor da tua entregar em um acorde.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

As questões da mentira.


Mentiu. Sim, mas deu no quê?
Foram resolvidas as tuas dúvidas?
Despertaram-se mais? Te fez crescer?
Ou tuas bases viraram ruínas?

É que dúvida se tira perguntando.
E medo se perde enfrentando.
Não se joga sujeira pra trás,
Pois quem vem em seguida sofre mais.

Na falta de verdade há escuridão
Na presença da sinceridade há alegria
Num momento tu entraste na contramão
E tiraste o respeito que eu tinha.

Sempre será uma troca injusta.
Essa de encontrar "outro caminho".
Pois fazes da tua vida uma puta
E infelizmente é melhor estar sozinho.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Ser feliz agora!


Ser feliz agora!
Pois a vida demora
Pra trazer a hora
Da gente amar.

Ser feliz agora!
E viver a obra
Que a pele aflora
Sem te convidar.

Ser feliz agora!
Que não tem amora
Pra enfeitar a torta
Feita pra se degustar.

Ser feliz agora!
Sem medir a borda
Que o limite aborda
Pra te controlar.

Ser feliz agora!
Pois a vida demora
Pra trazer a hora
Da gente amar.

O que é o amor?


Amor não é aquário pra ser admirado.
É oceano, a ser desbravado.
Um encontro inesperado com a surpresa.
Desafio do seu eu com a natureza.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Fim da semana.


Deixa eu te dar um beijo?
É que a semana vai demorar a passar.
Como sempre demora.
Vem logo pra eu poder gravar...
Por favor, sem esmola.
Sem joguinhos. Sem "desprezo".

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Predição.


Não adianta saber a data do meu aniversário.
Nem muito menos me procurar no horóscopo do dia.
Sou bem mais do que quatro linhas de periferia.
Muito mais do que virgem lutando com sagitário.

Sou mais do que as predições dos que me olham.
Mais do que os que julgam saber de mim
Só porque ouviram minha opinião. Enfim...
Sou mais do que sua cegueira no clarão.

Sou mais do que minhas músicas denunciam.
Bem mais do que as letras me traduzem.
Sou pasto verdejante em armazém.
A que o vento leva aos que o apreciam.

Sou mais do que o calor do meio dia.
O beijo apaixonado no escuro.
Sexo ardente, louco, puro.
E mais do que o mundo saberá um dia.

Por quê?


No inventivo modo de ser feliz,
Eu me aproprio do que é fato.
Porque não temos tempo exato
De quando nos virá aquele "X".

Aquela dúvida que vem "sem querer".
Aquela questão "infalível", 
Que nos leva até o "momento incrível"
De nos perguntar um simples "por que".

Pintamos e desenhamos todas as cores
E cada pincelada revela um adorno
De pensamentos, de estranho contorno,
Pra repelir bem pra longe nossos temores.

Replico: "Como seria se..." Nunca mais?
Triste e iludida afirmação.
São essas mesmas que levam meu queixo a mão
E faz (o que te agrada) você olhar pra trás.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Edredom.


O que fazer quando travesseiros não resolvem?
Quando almofadinhas não fazem diferença?
Quando edredons não aquecem...
Como você?

Eu me viro, mexo e não para tua ausência.
O sono se esconde e eu só penso "cama nossa".
No abraço quente, na presença calorosa...
Ôh coisa pra tirar minha paciência.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O julgamento


Quando este amor não tiver mais "juízes" pra opinar
Estarei a disposição do teu sentimento.
Que vira e mexe sofre algum atritamento
E faz a cegueira te impedir de andar.

Espero que nesse tempo a promotoria ache provas,
Indícios empíricos do quanto eu não tenho valor.
Relatos precisos de que eu não tenha te dado amor
E argumentos seguros de testemunhas idôneas. 

Mas... Caso minha defesa mostre o contrário
Espero que te arrependas de investigar meu itinerário.
Que sucumbas em dor por tua desconfiança
E amarguem tuas lagrimas como numa herança.

Pois perdes hoje o amor que desconfiastes
Destróis em pedaços, cacos que não poderão se ajuntar.
Pois fizeste da tua dúvida o tumulo do que era amar
E não voltarei ao que despedaçastes. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rios de lavas.


Que eu seja o riso arrancado logo ao acordar.
Que te passe a tranquilidade ao me ensinar
Que eu seja bem estar logo cedo.

Que seu dia dure menos a cada vez que pensar em mim.
Que o dia escorra pelos meus dedos ao lembrar de ti
Que as horas ganhem turbinas de aceleração.

Que meu beijo te leve a mente, convencimento.
Que esse beijo te faça sorrir de contentamento
Que nesse beijo produzam-se rios de lavas.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Arrepio.


Dos inconstantes raios solares que se vê no inverno
Eu me comparo a esses raros instantes.
Prorrogo ao máximo os minutos de presença inconstante.
E lanço ao tempo sentimentos ternos.

Eternizo em mente todos os olhares.
Faço cada toque durar e admiro.
A carne febril faz o carinho ganhar calafrio.
Te ter do meu lado é inteiro sem partes.

Um vazio se acomoda nas segundas.
Sempre dragando momentos de arrepio.
Alegria é o teu olhar perguntando: "Tá com frio"?
E eu respondo: "Tua presença é das mais profundas".




segunda-feira, 11 de junho de 2012

Chuva...


Nossos corpos trançavam naquela chuva
Que expulsa a saudade de lugar.
Que expressa com beleza nossa luta.
Aquela de o tempo enganar.

Se enrolava e dava nós no lençol.
Nossa vontade de sermos um novamente .
Porque distancia é coisa incoerente.
Concha sem caracol.

Entrelaçando os braços como luva
E nos entendendo em encaixes.
Que nada na gente se afaste.
Presença que não se enviúva.

Parecíamos acorrentados no atol.
Presos em nosso momentos.
Alegres por mais um evento
Que o fim anuncia com o sol.